Videoaula sobre o tema:
Em oposição ao criacionismo, a teoria
evolucionista parte do princípio de que o homem é o resultado de um lento
processo de alterações. Esta é a ideia central da evolução: os
seres vivos (vegetais, animais e seres humanos) se originaram de seres mais
simples, que foram se modificando ao longo do tempo. Mesmo que você não
acredite nessa teoria, é importante conhecê-la para não ficar desatualizado, e
lembre-se, em História não existe verdades absolutas.
Se Charles Darwin visse alguém usar sua
Teoria da Evolução para afirmar que seres humanos são descendentes de macacos,
certamente ficaria muito enraivecido. Ele jamais disse isso. Embora chimpanzés
e gorilas modernos lembrem bastante as criaturas que deram origem ao homem,
nenhum deles é nosso ancestral. Acontece que, de todas as criaturas do mundo,
nós temos muito mais em comum com os primatas, isso quer dizer que, em algum
momento no passado, os seres humanos e os macacos tiveram um ancestral em
comum. Esse ancestral deu origem, de um lado, aos grupos que originaram os
seres humanos atuais e, de outro, aos grupos que originaram os macacos de hoje
em dia. Segundo os dados disponíveis atualmente, isso deve ter ocorrido há
cerca de sete milhões de anos. Na África.
Os Australopitecos representaram
os primeiros hominídeos. O termo hominídeo é utilizado para descrever
os humanos e os ancestrais extintos.
Há milhões de anos atrás, em territórios
da África atual, algumas espécies de primatas tornaram-se bípedes, ou seja,
passaram a andar apoiadas sobre duas pernas. Esse primata bípede foi chamado de
australopiteco.
Há cerca de 2,4 milhões de anos, surgiu o
Homo habilis, termo em latim que significa “humano que faz instrumentos”. Esse
hominídeo foi chamado assim por ter desenvolvido técnicas para a fabricação e o
uso de instrumentos feitos de pedra, madeira e ossos. Fabricava instrumentos
simples de pedra, construía cabanas e, provávelmente, desenvolveu, uma
linguagem rudimentar. Seus vestígios só foram encontrados na África.
Já o Homo erectus surgiu há cerca de 1,8
milhão de anos. O nome dado a esse hominídeo pelos pesquisadores significa
“humano ereto”. Ele tinha cérebro e corpo maiores que os do Homo habilis e era
capaz de produzir instrumentos mais complexos. Usava peles de animais para se
proteger do frio e dominou o uso do fogo. Foi o primeiro hominídeo a se
aventurar para além do continente africano.
O
que teria levado o Homo
erectus a
sair de seu hábitat. Já vimos que eles tinham condições para sair. Mas o que os
levou mesmo a sair, é outra história, já que poder fazer algo não é sinônimo de
fazê-lo.
De
fato, a grande aventura humana de ocupação do planeta se iniciou há 1 milhão de
anos, quando algum membro do grupo dos Homo erectus, firmando-se sobre seus pés,
esticou a cabeça por sobre a rala vegetação da savana africana e se perguntou
sobre o que haveria para além das montanhas que ele percebia acima da linha do
horizonte. Naquele instante, talvez não fosse relevante e problema alimentar ou
a necessidade de mais espaço. Nada nos leva a crer que aquele nosso ancestral
tenha abandonado seu hábitat para resolver alguma questão material. Tanto isso
é verdade que a esmagadora maioria de membros do grupo permaneceu no continente
africano. À até provável que sua saída tenha sido um risco não devidamente
calculado, uma vez que estaria trocando o seguro pelo duvidoso, o poço de água
conhecido ou o riacho ao lado do acampamento pelo perigo de uma área desértica;
poderia estar ameaçado em sua segurança, já que saía de uma área onde os
perigos eram conhecidos, rumo ao desconhecido; abandonava uma região em que a
tecnologia da sobrevivência era dominada para se embrenhar em situações novas.
Então,
porquê?
Por
espírito de aventura.
O que você acabou de ouvir é um trecho do texto de Jaime Pinsky. As primeiras civilizações.
Bom! Vamos continuar... Os pesquisadores acreditam que os
Homo erectus foram os primeiros hominídeos a sair da África e a chegar à Europa
e à Ásia. Nesses continentes, outras espécies de hominídeos surgiram a partir
deles.
Uma delas foi o Homo neanderthalensis, conhecido
como homem de Neandertal. O nome dado a esse hominídeo é devido ao local onde
foram encontrados seus vestígios, em 1856: um vale chamado Neander, na
Alemanha. Os neandertalenses eram mais baixos e fortes que os seres humanos
atuais e viveram entre 400 mil e 40 mil anos atrás.
Na mesma época, há cerca de 200 mil anos, surgiu na África o
Homo sapiens, que significa “humano que sabe” ou “homem sábio”. Trata-se do homem
moderno, que se espalhou-se por toda a Terra, deixando variados instrumentos de
pedra, osso e marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura. Essa é a
espécie à qual pertencemos.
O Homo sapiens aperfeiçoou as tecnologias desenvolvidas pelas
espécies anteriores de hominídeos e criou novas técnicas. A linguagem foi se
tornando cada vez mais elaborada e o ato de raciocinar tornou-se um grande
diferencial em relação aos outros animais. Os Homo sapiens ocuparam territórios
em todos os continentes e, entre as diversas espécies de hominídeos que
existiram, foi a única que sobreviveu até a atualidade.
É preciso lembrar, que essa listagem não está completa. Ela apenas
resume o que foi possível concluir a partir dos fósseis estudados até hoje.
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